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Diagnóstico diferencial para causas não ocupacionais – Tendinites e Membros Superiores – O que pode


Diagnóstico diferencial para causas não ocupacionais – Tendinites e Membros Superiores – O que pode ser explorado? (Imagem: Divulgação)

As doenças ocupacionais, - classificadas como enfermidades provocadas pelo desempenho físico e repetitivo da atividade profissional – hoje, são, frequentemente, apontadas por colaboradores em processos judiciais contra empresas.


Doenças ocupacionais é um tema comum presente em processos judiciais contra empresas, dos mais variados setores e, por isso, é preciso analisar com detalhes esta questão. Num processo, o assistente tem o papel de estudar, minuciosamente, caso a caso, e apresentar provas que contestam que a afirmação de que o problema adquirido pelo colaborador tenha sido provocado durante o exercício do trabalho. A seguir, uma análise sobre o que os especialistas da área médica e as pesquisas apontam sobre as possíveis causas de tendinites, inflamações e dores nos membros superiores do corpo na população.


O que diz a literatura sobre doenças não ocupacionais?


Um dos argumentos de defesa, utilizada por assistente em um processo judicial foi baseado na revisão bibliográfica, publicada pela Revista Brasileira de Ortopedia. No artigo sobre lesões do manguito rotador, parte do corpo onde localizam-se quatro tendões no ombro e que também envolvem a cabeça do úmero, o pesquisador comprova a tese de que a patologia, geralmente, é atribuída a um processo degenerativo, relacionado ao envelhecimento natural dos próprios tendões. O médico cientista ainda argumentou que a lesão pode ser atribuída a mudanças vasculares da região do corpo ou por alterações metabólicas que estão relacionadas com a idade.


Em outra tese defendida por médicos e pesquisadores, a literatura que aborda sobre a Síndrome do Manguito Rotador está fora do ambiente das doenças ocupacionais. A conclusão é de que o problema está relacionado a um processo crônico evolutivo e que surge após os 40 anos de idade.


Doenças ocupacionais e os movimentos repetitivos


Outro assunto que é preciso ficar atendo em um processo, em que há uma contestação relacionada a doenças ocupacionais, trata-se de movimentos repetitivos. O reclamante aponta que esta prática no trabalho seria o resultado de ter contraído alguma patologia, como tendinites e inflamações e dores nos membros superiores do corpo. Mas, preste atenção, a seguir, no que diz a literatura atual.


A defesa baseou-se em um texto de Kilbom, de 1994, que sugere o seguinte: “Considera-se movimentos repetitivos de ombros atividades com freqüência de elevação de ombro maior que duas vezes e meio por minuto, e esta atividade deve ocorrer por pelo menos duas horas totais da jornada de trabalho.”


Portanto, as atividades desempenhadas pelo reclamante poderiam ser consideradas repetitivas? Esta é uma questão que pode ser facilmente comprovada!


Há fatores do ambiente de trabalho que justifiquem problemas de saúde?


Uma questão que também deve ser analisada no processo em questão é a possibilidade de a pessoa ter desenvolvido um tipo de patologia, mesmo se não houvesse uma exposição ao risco.


É preciso ainda investigar se foi constado a presença de fatores ocupacionais, capazes de tornar a patologia em pior estado. E ainda: Verificar se há riscos no ambiente de trabalho que, realmente, podem ter provocado a doença apontada pelo reclamante durante uma ação é muito importante.


Este é um debate bastante pertinente, principalmente, nos dias atuais, em que, saúde do trabalhador no ambiente de trabalho é a principal preocupação das empresas brasileiras para evitar, justamente, as doenças ocupacionais.


A importância de uma perícia médica como prova do caso


É muito importante analisar que as doenças não relacionadas ao trabalho possuem grande possibilidade de afetar a regiões diversas do corpo, como uma das mais comuns, a supre espinhosa. Por isso, é preciso que seja feita uma investigação pericial quando os casos apontados são de:


- Artopatias degenerativas (artrite reumatoide e artrite gotosa)

- Diabetes mellitus.


Nestes último caso, inclusive, há estudos que demostram a alta prevalência de tendinite de supra espinhoso em diabéticos, independente, do tendo de evolução da doença ou do tipo da doença (diabetes tipo I ou diabetes tipo II).


Sobre a AR Perícias Médicas e de Engenharia


A AR Perícias Médicas e de Engenharia realiza a prestação de serviços de assistência técnica em perícias médicas e de engenharia, na área judicial e extrajudicial para clientes corporativos de todo o país. Conta com uma equipe multidisciplinar constituída de médicos, advogados e engenheiros que atuam em diversas áreas de modo a prestar assistência referente à saúde e segurança laboral.


Com vasta experiência no mercado, os profissionais atuam elaborando laudos oficiais de alta qualidade e conteúdo que servem de embasamento para inúmeras sentenças.


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